domingo, 29 de outubro de 2017

Contar histórias



Contar histórias é brincar com a imaginação. 
Você já se perguntou por que as crianças gostam de escutar histórias? 
Já reparou como elas ficam quando escutam um adulto brincando ao contá-las? Já observou os olhos delas diante da expectativa do inesperado?
O grau de imaginação delas é enorme. As possibilidades de quem se tornarão parecem ser da mesma proporção. Muitos pais entenderam o papel deles no desenvolvimento criativo de seus filhos.
As crianças e os livros podem ser comparados quando falamos de conteúdo. Ambos são páginas repletas de sonhos
Para os livros podemos escolher as histórias que contarão. Para as crianças podemos dar as ferramentas das histórias que eles serão. Podemos alimentá-las e fortalecê-las para a vida, mas não poderemos impor-lhes os sonhos transformadores que impulsionarão suas realidades.
O livro é uma das boas ferramentas recheadas de sonhos provocadores e instigadores de possibilidades. As crianças precisam disto: possibilidades. Quando damos isto a elas, damos a oportunidade de aprenderem que o mundo pode ser construído a partir das suas ações criativas, de seus sonhos acalentados; que o mundo é uma extensão de nossas obrigações enquanto pessoas responsáveis por nossos atos de criação, destruição ou alienação da realidade provocada.
As crianças precisam da provocação que os pais podem ser. Pode lhe soar estranho, mas é isto mesmo. A realidade é a provocação de nosso agir. Se elas estiverem acostumadas com o ato provocador da mudança, estarão preparadas para a ação de mesmo teor. Elas serão agentes provocadores de mudanças e não apenas da aceitação passiva das massas desacreditadas de seu papel único de co-criadores do mundo existente.
E tudo começa com o simples gesto de contar histórias. De sorrir. De ficar sério. De chorar quando o inevitável chegar e exultar quando se abre a janela e a luz clarea o invisível. 
Um dia uma criança me perguntou: Todas as bruxas são más?
Esta é uma das boas perguntas que os pequenos fazem. Ela procurava a possibilidade da bondade das histórias das bruxas malvadas que ela já escutara antes. Para ela havia uma chance da bondade no que parecia apenas malvadas bruxas.
Para responder a esta pergunta, escrevi o livro "A bruxa que andava com a vassoura nas costas".
Nem todas são más. 
Nem todos nós somos bons.
Somos apenas possibilidades que caminham ao sabor da realidade que sonhos atreveram criar...


5 comentários:

  1. Se queremos um mundo melhor e’ preciso investir e dar mais atenção `a infância... Você esta' fazendo a sua parte. Parabéns e muito sucesso Marquito.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, precisamos mesmo investir e dar atenção à infância. Grande abraço!

      Excluir
  2. Parabéns e muito sucesso nos seus projetos.

    ResponderExcluir

Destaques

A que pergunta nossa vida veio responder?