sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

O que acontece quando descobrimos quem realmente somos?


No meu artigo anterior a pergunta título pode sugerir que os temas de Mensagens e Olhos de Safira são os mesmos. Entretanto, há uma sutil diferença. No primeiro, trabalhei o processo da descoberta de quem somos e, no segundo, a dúvida e a incredulidade diante da realidade que se mostra contrária ao pensamento de ser.
Na verdade, os dois são voltados para as entranhas que envolvem a nossa existência. E este tema é tão amplo que cabem muitas histórias. Creio que não consigamos esgotá-lo. Preciso ser sincero com você: ele me fascina!
O mistério da vida tem por hábito cutucar minha imaginação. E o maior deles é a inconsistência entre a realidade imaginada e a efetiva. Pode parecer estranho falar do efetivo em dissonância à nossa capacidade de enxergá-lo, principalmente, quando nos movemos dentro de um mundo com nossas ações concretas de transformação.
Podemos ver!
Porém..., perguntaria: todos nós olhamos todas as coisas a partir do mesmo ponto? 
Oras, se há olhares diferentes para uma mesma realidade, ou ela não é a exatamente a mesma, ou há dissensão entre o que vemos e a realidade que é.
Mensagens trabalha este ponto: O que fazer quando descobrimos quem somos diante da realidade que se mostrava velada e se descortina à nossa frente? 
Foi para responder a esta pergunta que criei esta história. E para fazer isto, precisei criar três momentos diferentes, o presente, o passado e o futuro dentro do mesmo instante na narrativa. Os capítulos vão se sucedendo nos três tempos distintos e formando o conteúdo provocando o leitor a se envolver no mistério de uma história singela e apaixonante. Muitos leitores me disseram isto: "é apaixonante".
Tudo começa com Nicolas, um escritor, que não conseguia criar um novo romance. Dentro de sua inquietude, ele recebe uma caixa deixada por uma mulher misteriosa. Ao abri-la, ele encontra vários envelopes. O primeiro era uma carta pedindo para que ele escreva um livro a partir das "mensagens" contidas em cada involucro. 
Ele aceita o desafio e começa a contar a história de Eduardo e Isabella. Enquanto escrevia, procurava descobrir quem era aquela mulher que deixara a caixa. Mas ele não estava sozinho nesta busca. Seu melhor amigo, Guilherme, o ajudará na maior aventura da vida do querido amigo.
Entretanto, Nicolas não sabia de um detalhe: O que ele escrevia não era apenas "imaginação". Seus personagens existiam na vida "real". E tudo o que ele criava, teria influência direta na vida deles. Nas penas de sua escrita, estava o destino de Eduardo e Isabella.
Quem era a mulher misteriosa?
Nicolas daria o mesmo final para o seu livro se soubesse que influenciava vidas reais?
O que acontece com Eduardo e Isabella?
O que você faria se descobrisse que estava em suas mãos os destinos de duas pessoas e que o que você fez modificou a vida delas?
Contei esta história para falar de realidade, sonhos, imaginação e de nossa capacidade de superar o que parece ser o nosso limite, quando, na verdade, é apenas a provocação do espírito de nos ensinar a amar...

domingo, 26 de novembro de 2017

Quem você pensa que é para pensar ser quem você acredita ser?


Não é muito fácil definir quem realmente somos. Não basta dizer qual é o seu nome, sua nacionalidade, suas preferências e gostos pessoais.

O nosso ser vai muito além do que imaginamos.
Digamos que não somos planos ou feitos em uma única camada. Na verdade, somos uma quantidade infindável de níveis sobrepostos em um mesmo complexo energético.
O nosso corpo físico é apenas um aspecto do que podemos ver daquilo que somos. Ele é uma das nossas formas de manifestação.
Vamos dar um exemplo:
Neste momento, estou digitando em meu computador. Há um cabo azul que o liga à internet. Pois bem, imaginemos que somos este cabo azul. Quando olho para ele, vejo o seu aspecto físico e posso defini-lo observando suas características. É possível dissecá-lo com um estilete e ver sua composição interna. Depois de feito isto, poderia pedir para analisar a composição química do que ele é feito. Assim, teria pleno conhecimento da parte física e suas constituições.  Mas isto é tudo?
Quais informações podem passar por este cabo? Qual o tamanho do universo e as possibilidades criativas existem e podem ser acessados através dele? Quanto tempo demoraria para uma mensagem daqui chegar ao outro lado do mundo? Onde é o outro lado do mundo?
Há muitas outras perguntas a serem feitas, mas, bastam essas para dimensionar e demonstrar que o cabo azul é muito mais do que posso ver dele.
Como as minhas ideias são codificadas em dados possíveis de serem transportadas por ele?
Sinceramente?
Não sei!
Não sabemos muitas coisas a nosso próprio respeito, no entanto, sabemos como usar do pouco que acessamos da nossa incrível capacidade.
Quando movemos os dedos para digitar as palavras no teclado, não pensamos nos dedos em cada tecla. Simplesmente os movimentamos com a ideia na cabeça. O cérebro faz o resto.
Estou falando apenas do aspecto físico. Imagine todas as nuances que nos compõe... Os sentimentos, o espírito, os sonhos...
Enfim, quem somos?
A pergunta que intitula este artigo me deu a ideia de escrever “Olhos de Safira”.
Dois jovens se encontram em uma ponte. Eles se olham e se penetram em uma conexão que modificará a vida deles.
Roberto estava iniciando uma viagem com sua família. Ele desce para o leito do rio onde pegariam uma embarcação. De lá, observa que a garota coloca algo por entre as pedras. Durante o passeio, não consegue esquecer aquele olhar e nem tirar sua atenção da curiosidade a respeito do que ela escondera. Ao regressar, ele vai até o local e encontra um pequeno caderno de anotações por entre as pedras.
Quem era aquela garota?  O que aconteceu com ela?
Roberto resolve procurá-la e o que encontra vai surpreender você.
E, talvez, eu consiga dar a dimensão da estranheza que é o mundo que não vemos, mas que está dentro de nós, como aqueles códigos que passam pelo cabo azul e percorre caminhos misteriosos até chegar ao seu destino...

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Qual o meu jeito de contar histórias?

Não fazemos tudo da mesma forma; nós temos um jeito próprio de fazer as coisas.
Digamos que isto seja o nosso toque pessoal na realização, na construção da história que nos rodeia. Não pense que você não está influenciando no que acontece ao seu redor. Na verdade, sua simples presença já muda a realidade.
O seu olhar modifica a paisagem porque ela é expressão da sua compreensão no Universo que a provoca. Entretanto, a realidade não é composta somente a partir do seu olhar; mas, sim, do movimento interpessoal de todos os olhares.

Você é uma das peças que compõe a construção do todo. Nenhuma delas pode faltar. Nenhum detalhe é  deixado de lado na arquitetura da existência. Se isto acontecesse, o Universo não seria o que é. Assim, não despreze a seriedade de sua participação no que pensa não ser problema seu.
Tudo é responsabilidade de todos!
Transportando este pensamento para a minha maneira de contar histórias, escrevi “Do meu jeito: contos, reflexões e poemas”.
Na verdade, trata-se de uma coletânea de várias fases. O livro contém diversas histórias e não foram escritas pensando em um único livro. A ideia de juntar todas elas veio com a pergunta que dá início a este texto.
Nele, há meu primeiro poema: “A pedra”. Eu era bem jovem quando o escrevi e relê-lo me traz um sabor especial. É claro que não o leio mais com os mesmos olhos de quando o escrevi. A vida não nos deixa pensar da mesma forma em relação a muitas coisas. Talvez, um dos dons do tempo é a transformação. Pode demorar, mas ele sempre modifica as coisas. E é preciso percebermos estas mudanças. Ou vemos, ou deixamos o melhor de nossa vida passar: somos sempre as mesmas pessoas nas diferenças que nos tornamos em nossa alma.
Sim, isto é um paradoxo: eu sou eu enquanto me percebo sendo. Mas, já não sou o mesmo que fui antes do eu" que sou.
Há também um pequeno poema que gosto muito. Ele é bem simples. Talvez seja a simplicidade dele que mais me alegra.
Ainda me lembro de quando ele surgiu. Estava andando de carro e vi na estrada uma queimada. Havia uma árvore pegando fogo. Então, pensei na teimosia da natureza em se consertar. A teimosia da não desistência. Muito tempo depois, passei pela mesma estrada e a árvore estava lá: parte dela estava verde e havia flores vermelhas. Foi aí que me perguntei: “Que teimosia é esta?”
Em resposta, escrevi “A árvore”.
Vou transcrevê-lo para você. Antes, quero lhe propor um exercício. Primeiro leia como se a árvore fosse realmente o que é, uma árvore. Depois, releia e imagine-a como a natureza. E, por fim, uma nova leitura transformando-a em “a nossa capacidade de transformação”.
Espero que você goste e descubra quem realmente é esta árvore.
Por detrás das palavras simples, sempre há verdades...


A árvore

A árvore não reclama a poda,
Brota.
Não reclama o corte,
Insiste...
Se deixarmos o toco,
Abrolha.
Não reclama o fogo,
Queima.
Se carvão,
Aquece...
Não reclama a morte,
Quando na cadeira de madeira
Descansamos nossa sorte.

domingo, 19 de novembro de 2017

A escolha

Escolhas...
Todos nós precisamos fazê-las. Não falo das escolhas corriqueiras, mas daquelas que tem o poder de nos colocar na encruzilhada: ou pegamos o caminho da esquerda ou o da direita. Se seguirmos por um, não chegaremos ao lugar do outro.
Caberia a pergunta: O que nos impulsiona para a escolha de um ou outro lado?
Esta pergunta rondou meus pensamentos por um bom tempo. Foi com ela que surgiu o meu pequeno conto “A escolha”.
Em nenhuma de minhas histórias tento esvaziar com argumentações explicativas as questões que as originaram. Muitas vezes, é exatamente o contrário. Dou apenas ferramentas para a construção de uma solução. É como se eu construísse um caminho e levasse o leitor a escolher entre duas direções. Para que isto aconteça, a arquitetura do texto precisa ser solta; assim, crio portas que podem ou não serem abertas por quem lê.  É bem interessante quando recebo comentários dos leitores. De uma mesma história, encontro ponderações que levam a caminhos diferentes. Porque, simplesmente, os leitores escolheram caminhos diferentes.
E o mais interessante é que eles fazem isto de maneira intuitiva. Acredito que seja assim porque escolhemos caminhos nos baseando na experiência que temos feito em nossa caminhada. A vida nos prepara para aquelas encruzilhadas que falei no começo. De um jeito ou de outro, aprendemos como fazer escolhas difíceis. 
Mesmo quando você acredita que o mundo desabou, que nada mais poderá ser feito, que pareça o fim, você continuará caminhando. Ainda que seja para catar os cacos pelo caminho. Entretanto, em algum momento, você perceberá que há uma possibilidade, pequena, mas que ela existe. É neste instante que saltamos do ponto anterior de descrédito para a resposta possível.
As possibilidades nos circundam o tempo todo, o que nos falta é apenas a capacidade de enxergá-las... E, capacidade, se constrói, se alimenta.
“A escolha” conta a história da menina Luz. Fala do dia da “revelação”. Ela tem medo. O que é comum para aqueles que se atrevem a sair da caixa que envolve o ordinário... O extraordinário é para poucos.
A Pequena Luz terá dúvidas. O que também é normal em nossa caminhada. Em um momento especial, a mãe da menina diz: “Não se preocupe, esta é uma sabedoria do coração e ele saberá o que fazer no momento certo”.  Para mim, isto chama-se fé; que nada mais é do que acreditarmos, sem contestações, que nosso coração é sábio.
Haverá momentos de alegria e você vai se alegrar com ela.
Enfim, este breve conto vai guiá-lo pelos caminhos de um pequeno ser que consegue questionar o adulto que somos... Ela interrogará a pretensão que temos em acreditar somente na nossa razão; de certezas consolidadas que nem sempre são construções nossas.
Existem dentro de nós, edifícios inteiros que nos foram impostos como verdades, mas não construções a partir de “nossas” verdades.
A menina Luz vai chegar à encruzilhada e como resposta à sua mãe, dirá para o leitor:
“É verdade: o coração sabe quando as lágrimas são de alegria!”

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Qual o papel da dor em nossa vida?

Em um dos artigos anteriores, comentei que todos os meus livros surgiram a partir de uma pergunta.
Foi assim com cada um deles.
Em “A culpa de Francisco”, a interrogação que originou a história é: “Qual o papel da dor em nossa vida?”.

Não é fácil falar a respeito dela. Não é um assunto tranquilo. Principalmente porque ninguém é capaz de sentir a dor do outro.
Não dá para medirmos o quanto alguém está sofrendo.
Mas é possível, na literatura, colocarmos o leitor dentro dos sentimentos da outra pessoa. Foi isto que fiz com a história de Francisco. Trabalhei o texto para que o leitor pudesse entrar e experimentar o improvável.
A primeira coisa foi esvaziar o personagem enquanto manifestação própria. Apesar de Francisco ser o protagonista da história, ele não se manifesta diretamente.
Você já leu um livro onde o personagem principal fica à margem de sua ação dentro da história? 
Você não vai vê-lo se expressar uma única vez. Entretanto, conseguirá sentir as emoções que o rodeia.
Este esvaziamento proposital faz com que criemos a nossa própria percepção de quem é Francisco, e, neste envolvimento, construirmos o sentimento que abraça o drama que o envolve.
Em segundo lugar, foi preciso criar personagens secundários marcantes e fortes, gerando o valor que não os deixaram relegados ao segundo plano.
Você vai perceber e construir o entendimento de Francisco através deles: do compartilhamento de suas emoções; das tentativas que fazem para compreender o que realmente estava acontecendo.
Além da dor, a história fala da solidariedade, amizade, presença e do amor. Pois, quando somos solidários, damos alento e quando somos presença, ajudamos na difícil tarefa da transformação: porque a dor transforma.
A vida não é um lugar comum. Os fatos que nos envolvem podem ser comuns, mas a relação do sentimento com eles não é. Cada um de nós experimenta a vida a partir do seu olhar que é único dentro da sua própria construção.
“Aculpa de Francisco” é uma reflexão e não uma apologia à dor, à tristeza, à mentira. Os momentos difíceis existem. Eles precisam ser enfrentados. O forte não é aquele que não cai, mas aquele que reconhece a fraqueza que o derrubou.
Enfim, esta história vai provocar o leitor na difícil tarefa do encontro com o inesperado e suas consequências...

Formato 14 x 21
215 páginas

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Como surgem minhas histórias?

Antes de falar como elas surgem, vou contar para você quando elas começaram a surgir.
Guardo comigo uma edição de 1969 do livro "Território de Bravos" do escritor Francisco Marins, Editora Melhoramentos. 
Eu me lembro muito bem quando meus pais me deram esta história. 
Peguei o embrulho em papel de presente e abrir com curiosidade. Olhei para os meus pais e ouvi a seguinte recomendação: "É para você sonhar!".
E sonhei! Entrei de cabeça na aventura. Em um determinado momento, fechei o livro e me perguntei: "Como alguém consegue criar histórias?" Em seguida veio outra pergunta, mais importante: "Será que eu posso ser um contador de histórias?"

Eu estava sozinho no quarto. Peguei um de meus cadernos e arranquei duas folhas do meio. Elas eram grampeadas. Fiquei olhando para elas na expectativa de que algo mágico acontecesse. Talvez, esperasse que o lápis fosse o responsável em contar a história e que eu simplesmente emprestaria minha mão para fazê-lo escorregar pelo papel. Mas isto não aconteceu. Eu era sonhador naquela época. Vivia com a cabeça no mundo da lua. Demorou um pouco para a primeira história sair deste mundo desconectado da magia do lápis por si mesmo. Percebi que as ideias estavam na minha imaginação. Meu primeiro conto não tinha mais do que uma das quatro páginas em branco na minha frente. Mesmo assim estava feliz. Descobri que eu poderia ser um contador de histórias.
Foi assim que comecei. Pelo incentivo de sonhar. Por receber de presente a possibilidade de entrar em contato no tempo certo de fazer as perguntas corretas.
As minhas histórias surgem da liberdade que dou à minha imaginação de não parar na realidade "concreta". Como diz Jung "tudo tem sombras". Por trás da dureza da realidade, sempre há sombras e olhar para elas exige coragem de descobrir verdades escondidas. Procuro por elas e as transformo em histórias.
Cada um de meus livros tem como origem uma pergunta. E elas surgem do dia a dia. Por exemplo: "Qual a força do passado em nossa vida presente?"
"O que acontece quando descobrimos quem realmente somos?"
"A que pergunta nossa vida veio responder?"
"O que o inesperado pode provocar em nós?"
"Todas as bruxas são más?" (Esta, na verdade, foi uma criança quem me perguntou. Foi aí que surgiu o livro infantil "A bruxa que andava com a vassoura nas costas".
Pois bem, é assim que surgem minhas histórias. A partir de perguntas inesperadas dentro do meu cotidiano. E com as palavras mais simples possíveis, transcrevo o que minha mente é capaz de processar da minha teimosia em seguir a recomendação de meus pais ao receber meu primeiro livro: "É para você sonhar!".
É assim, sem complicações, ainda intrigado com a magia do lápis percorrendo a folha de papel, que vou contando minhas histórias...


domingo, 29 de outubro de 2017

Contar histórias



Contar histórias é brincar com a imaginação. 
Você já se perguntou por que as crianças gostam de escutar histórias? 
Já reparou como elas ficam quando escutam um adulto brincando ao contá-las? Já observou os olhos delas diante da expectativa do inesperado?
O grau de imaginação delas é enorme. As possibilidades de quem se tornarão parecem ser da mesma proporção. Muitos pais entenderam o papel deles no desenvolvimento criativo de seus filhos.
As crianças e os livros podem ser comparados quando falamos de conteúdo. Ambos são páginas repletas de sonhos
Para os livros podemos escolher as histórias que contarão. Para as crianças podemos dar as ferramentas das histórias que eles serão. Podemos alimentá-las e fortalecê-las para a vida, mas não poderemos impor-lhes os sonhos transformadores que impulsionarão suas realidades.
O livro é uma das boas ferramentas recheadas de sonhos provocadores e instigadores de possibilidades. As crianças precisam disto: possibilidades. Quando damos isto a elas, damos a oportunidade de aprenderem que o mundo pode ser construído a partir das suas ações criativas, de seus sonhos acalentados; que o mundo é uma extensão de nossas obrigações enquanto pessoas responsáveis por nossos atos de criação, destruição ou alienação da realidade provocada.
As crianças precisam da provocação que os pais podem ser. Pode lhe soar estranho, mas é isto mesmo. A realidade é a provocação de nosso agir. Se elas estiverem acostumadas com o ato provocador da mudança, estarão preparadas para a ação de mesmo teor. Elas serão agentes provocadores de mudanças e não apenas da aceitação passiva das massas desacreditadas de seu papel único de co-criadores do mundo existente.
E tudo começa com o simples gesto de contar histórias. De sorrir. De ficar sério. De chorar quando o inevitável chegar e exultar quando se abre a janela e a luz clarea o invisível. 
Um dia uma criança me perguntou: Todas as bruxas são más?
Esta é uma das boas perguntas que os pequenos fazem. Ela procurava a possibilidade da bondade das histórias das bruxas malvadas que ela já escutara antes. Para ela havia uma chance da bondade no que parecia apenas malvadas bruxas.
Para responder a esta pergunta, escrevi o livro "A bruxa que andava com a vassoura nas costas".
Nem todas são más. 
Nem todos nós somos bons.
Somos apenas possibilidades que caminham ao sabor da realidade que sonhos atreveram criar...


Destaques

A que pergunta nossa vida veio responder?